Larguem-me. Soltem-me. Atirem-me. Deixem-me. Afastem-me.
Sinto-me mal e sei sem saber porquê. Quero fugir mas não me consigo esconder. Alvo. Só.
Dêem-me assas para voar longe. Dêem-me força para correr mais. Dêem-me a paz em que não me encontro.
Sou isto, aquilo e aqueloutro. Confusão. Dor que dói sem realmente doer. Um grito mudo que quer sair e não saí.
A procura de uma cura inexistente. Uma existência de momento apenas sobrevive sem viver, porque não sabe viver. Nunca sabe quem é.
Complexidade. Sufoco apertado. Os fantasmas do passado. Os tormentos do presente. A escuridão do futuro.
Tudo roda sem razão. Nada tem lógica, nem a própria lógica em si. Respiro.
Volto. Poluição de mente. Não entendo. Não quero entender e quero perceber. Quem explica? Ninguém. Ninguém sabe.
Espasmos, a quanto tempo estou morta? Há quanto tempo realmente vivo? Dor de cabeça. Insónia.
Um nada que é tudo e um tudo que é nada. Bloqueamento sentimental. O impossível na possibilidade.
Atacam-me. Façam-me ripostar. Mas só se valer a pena. O que vale? Não sei. Nada de tudo.
Quero sentir sem me ferir. É impossível. Só quem sofre sente. Será? Não sei. Quem responde? Mais uma vez ninguém. Nem eu.
Momentos.
Nunca ninguém me tem. Nunca ninguém vai ter. Nunca vão entender a confusão. Se eu não a entendo. E sou eu.
Nunca ninguém me tem. Nunca ninguém vai ter. Nunca vão entender a confusão. Se eu não a entendo. E sou eu.
Cansaço por fim. Adeus.
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