domingo, 20 de novembro de 2011

Inconveniência e baldes de água fria…

É o que me costuma acontecer, porque tenho esta mania, ligeiramente irritante de me rir quando não devo!
Se há coisa que eu aprendi com a vida, que apesar de curta, foi até agora, recheada de intensas experiências é que nós não a podemos levar a sério.
Porque ela já é por demasiado complexa para sequer nós perder-mos tempo a chatearmo-nos por ela ser tão fodida. Sim, eu sei que acabei de utilizar uma asneira para classificar a vida e depois?
Há adjectivo melhor?
Não!
A vida é assim mesmo, sem rodeios e floreados, Fodida, como só ela saber ser. No entanto vale a pena vive-la, cada segundo, intensamente.
Mas bem deixemo-nos de filosofias baratas e voltemos ao que nos trouxe aqui. Sim, aquele minha odiosa mania de rir quando não devo. Pois.
Sabem eu sou aquele tipo de pessoa que era capaz de se descascar a rir num funeral só porque o morto em questão, suponha-mos, tenha falecido de uma maneira perfeitamente parva, e acreditem, provavelmente não me sentiria mal, porque continuaria a achar piada à forma como o hipotético individuo aqui em questão morreu. E porque tenho uma visão sobre a morte ligeiramente diferente da maioria das pessoas, mas isso são outras conversas.
Seja como for, há situações na vida em que uma pessoa definitivamente não pode rir, no entanto insisto em faze-lo e a maioria das pessoas encara-o como algo mau.
Mas em minha defesa, tenho que dizer, é involuntário, ou pelo menos na maior parte das vezes, é que o meu próprio cérebro acciona automaticamente o mecanismo do riso pelas mais variadíssimas coisas. 
Porque estou a gostar. Porque me lembro de alguma coisa. Porque acho, e isto é em 99% dos casos, irónico. Porque sou parva e louca. Porque a vida é um jogo. Porque sem eu me rir de tudo e todos, eu não era eu, ora!
Mas por vezes a coisa corre-me mal, é que rir em momentos que não se deve tende a criar momentos constrangedores que depois se tornam em verdadeiros baldes e água fria quando o enfeito do riso tinha a intenção contrária. Motivar e não desmotivar.
E isto é a minha e sim ela à vezes, pura e simplesmente não presta.    

sábado, 12 de novembro de 2011

Something in the Way

Porque tenho inspirações repentinas e porque sou, em alguns casos uma pessoa de extremos. Ou Amo ou Odeio e o pior que as pessoas podem receber de mim é sem dúvida a indiferença.
Porque me aborreço com facilidade, para mim a vida é desafio e canso-me depressa de algo se não me der uma determinada “pica”.
Porque gostos de jogos mentais, puzzles e gente indecifrável. Gosto de ironia, e passo a vida a rir-me por isso. E gosto especialmente de reparar naquilo que mais ninguém repara.
Porque só os mais chegados me realmente conhecem, a maioria só vê alguma das máscaras que eu deliberadamente criei porque é mais divertido assim.
Porque sou tão louca quanto séria, não gosto que me subestimem e que me julguem.
Porque eu não julgo ninguém.
Porque há gente que me enerva só com a sua existência e gente que me cativa só pelo olhar.
Porque sou imperfeita, tenho mau feitio, um génio difícil e consigo ser muito má quando quero, desfrutando inclusive, algumas vezes, em azucrinar a vida aos outros.
Porque tenho muitas prioridades e levo a vida a brincar. Porque gosto de ver o copo meio cheio em vez de meio vazio.
Porque raramente alguém sabe o que levo a sério e quais a prioridades são.
Porque gosto, tal e qual como agora estou a fazer, deixar o cérebro em automático e escrever o que sair.
Porque só faço o que me apetece, como me apetece, quando me apetece, porque me apetece, onde me apetece, com quem me apetece. E porque que me fodo muitas vezes à pala disso.
Porque não gosto que me respondam, não gosto de não ter resposta, não suporto “engolir sapos”, não gosto que me humilhem e odeio perder e amo ganhar.
Porque mudo de humor em cinco segundos.
Porque sou demasiado sincera, directa e até mesmo bruta.
Porque não me importo com o que dizem, bem, mal ou nada.
Porque a vida é curta e a mim não me apetece desperdiça-la.
Porque não suporto gente burra, sem objectivos, sem sonhos, almas vazias, enfim.
Porque eu sou muita coisa, complexidade é algo que me define e eu apenas estou a divagar…

domingo, 6 de novembro de 2011

Karma, mas pouco…

Não sou crente. Não acredito em Deus. Em nenhum, no entanto sou uma pessoa muito espiritual, acredito que o ser humano, em si próprio, tem uma força que o ultrapassa, algo que nos faz ir mais além.
Inevitavelmente isto levou-me, ao longo do tempo a acreditar no Karma, que tudo o que vai algum dia regressa, que todas as nossas acções tem consequências positivas ou negativas e acima de tudo que a vida é hipotética, não há destino, nós é que em algum momento o escolhemos.
Esta máxima, que vem do Budismo e que é extremamente pacifica também me ajudou a controlar o meu génio que é difícil de se aturar. Sou impulsiva e as coisas às vezes correm-me mal por isso.
Especialmente quando este meu mau feitio insiste em ser provocado, e é neste ponto que eu muitas vezes me encontro. Karma, mas pouco… É que há por determinados indivíduos que têm a magnifica capacidade, e insistem em usá-la, de me tirar do sério.
Falo é claro, da gente idiota que me rodeia. Gente essa que não gosta de se esforçar, muitas vezes nem sequer em pensar. Aquele tipo de gente que podia cair de um 32º andar e aterrar em cheio num balde de merda derretida ao sol, que eu, não tinha pena. Mais, teria todo o gosto em rir-me e ‘afocinhar-lhes’ a tromba ainda mais no cujo dito cocó.
É que existe mesmo pessoal que não se manca e olha ao espelho. Que permanecem numa inércia de evolução de espírito, de crescimento enquanto seres humanos e com vontade de fazer mais e melhor.
Habituados aos facilitismos falsos, desta sociedade consumista de falsos ideias, porque mais tarde ou mais cedo a vida vai-te cobrar alguma cena e será que esses pessoas conseguem pagar?
Não, porque nem sequer vão entender a complexidade da dívida e vão deixar passar e não viver.
Porque já dizia Oscar Wilde: “Viver é a coisa mais rara do Mundo, a maioria das pessoas apenas existe!”