“-Vocês homens são como diferentes países,
ou melhor, diferentes cidades, por isso é que é tão importante fazer turismo! –
a gargalhada dela faz-se presente e contagiante levando-o a sorrir.
-Então e que cidade sou eu? – ele perguntou-lhe,
matreiro.
Ela rebolou para de cima dele, e enrolou
as suas pernas à cintura dele, levantou o tronco apoiando as suas mãos no seu
peito e fazendo o lençol escorregar pelas costas, juntamente com o cabelo cor
fogo.
As
mãos dele percorreram as costas nuas num gesto tão carinhoso quanto sensual.
Ela olhou-o nos olhos, sua cabeça pendeu
ligeiramente para o lado e mordeu levemente os lábios. Pensando.
-Tu és como Florença. – ela disse por fim.
-Florença? – ele questionou.
-Sim, como Florença. Bela, apaixonante e artística.
Onde percorremos todas as ruas apertadas de calçada, maravilhados e atraídos
pela sua beleza natural construída ao longo do tempo. Ouvem-se os músicos de
rua tocar, enquanto atravessamos a correr as avenidas com cheiro a café, das
pequenas e rusticas cafetarias, que se estendem ao longo do Arno. Ou pelo menos
assim me fazem querer os filmes. Mas por mais bela, mágica e apaixonante que
seja, Florença não é uma cidade para a vida.”
Violet Cheshire
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