quarta-feira, 30 de abril de 2014

Utopias Políticas, à parte...


Quem bem me conhece, sabe com certeza, que me declaro como Comunista. É uma Utopia Política antiga minha, sim uma Utopia porque o Comunismo não consegue por diversas razões passar disso. Karl Marx escreveu que o Comunismo seria a fase final da sociedade humana onde não existiam classes socias, haveria igualdade para todos e não haveria partidos e muito menos Estado para governar as pessoas, isto porque seria o conjunto social a decidir democraticamente todas as medidas políticas e socias aplicadas num determinado país.
São estes os traços gerais do Comunismo, no entanto a realidade dos nossos dias é bem diferente, vive-mos no ideal político oposto ao Comunismo, o Capitalismo e assim sendo vejo-me eu também obrigada a pensar à ‘direita’.
Vivo num país em crise, se bem que nunca ouvi falar de outra coisa em Portugal se não crise, parece que saí-mos do 25 de Abril de 1974 já em crise. Temos deficit, recessão, desemprego, taxas moderadoras, IVA’S, TSU’S e não produzimos PIB. Temos PS, PSD, CDS PP e uma Troika. Temos EDP, GALP, SONAE e tinha-mos até o BPN com Mirós. Pertence-mos à EU e somos financiados pelo BCE.
Temos tantas siglas, tanta gente e tantas promessas, só não temos é a solução para a crise. Se digo que a realidade me faz pensar a realidade económica actual não é à toa. Sou consciente que a austeridade era uma mal necessário, Portugal construiu ao longo dos anos uma economia que não é de todo sustentável, cria-mos uma Segurança Social que não pode-mos financiar e enchemos o nosso parlamento de uma classe política corrupta que se rodeia dos interesse económicos das grandes empresas portuguesas.
Se queremos resolver a crise temos que perceber que o importante é equilibrar as gestões, se a austeridade vem cortar para gerar receita, essa receita tem que ser aplicada para estimular a ecomimia a crescer, a criar postos de trabalho para as pessoas possuírem poder de comprar e consumirem levando o dinheiro a movimentar-se e a economia a crescer, porque se torna num ciclo vicioso onde quanto mais poder de compra e consumo houver mais emprego há e mais emprego existe porque as pessoas consomem mais e é preciso então produzir mais.
Em terras Lusitanas o mal está, que quem está no governo são uma cambada de ‘boys’ sem visão politica, económica e acima de tudo social que foram mandados para os ‘jobs’ por serem muito amigos dos senhores das grandes siglas em Portugal.
Mas isto são apenas a simples palavras de uma pessoa que ainda acredita em Utopias, que acredita que em Portugal antes de resolvermos a crise económica devia-mos resolver a crise politica, acabar com os partidos e os ‘boys’, julgando em Tribunal Constitucional todos aqueles que fizeram gestão enganosa no nosso país fugindo às politicas que prometeram em campanha e ao seu programa político. E depois de se elegeram as pessoas certas para os cargos, apostar na economia e criar receita à medida que se cria trabalho e poder de compra…
Mas as Utopias são aquilo que são, sonhos que ainda não se realizaram e poderão nunca vir a realizar-se.
"As ideias dominantes numa época nunca passaram das ideias da classe dominante."

Karl Marx

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